Billabong Rio Pro
Mineiro é vice; líder do tour
Adriano de Souza fica com o vice na Barra da Tijuca (RJ) e assume liderança do WCT. Foto: © ASP / Smorigo.
O paulista Adriano de Souza foi o vice-campeão do Billabong Rio Pro, etapa brasileira do WCT finalizada neste domingo, na Barra da Tijuca (RJ).
Em ondas de meio a 1 metro e formação regular, Mineirinho perdeu para o sul-africano Jordy Smith na final. Em confronto repleto de aéreos, Jordy levou a melhor com 8.50 e 9.30, contra 7.87 e 8.47 de Adriano.
Pela vitória, Jordy embolsa US$ 100 mil e soma 10 mil pontos no ranking da elite mundial, enquanto o brazuca fatura US$ 40 mil e descola 8 mil pontos no WCT 2013.
"Esta vitória é inacreditável. É um sonho que se torna realidade. Eu sabia que venceria uma etapa do WCT, mas tive que provar a mim mesmo que poderia fazer isso fora da África do Sul. Obrigado à galera e a Adriano. Ele estava quebrando durante todo o evento. Obrigado a todos da minha família e amigos pelo incrível suporte", comemora Jordy, que até então só havia vencido em Jeffrey's Bay, África do Sul.
Antes de derrotar Adriano, ele passou por Filipe Toledo nas quartas e por Mick Fanning na semi. "Sabia que seria duro. Estava muito nervoso na primeira bateria, contra Filipe. Por sorte passei aquela e procurei esperar pelas melhores ondas contra Mick. Quando o swell perdeu força, contra Adriano, ele foi às alturas e sabia que eu teria de fazer o mesmo, mas tive sorte de conseguir duas notas", conclui Jordy.
Feliz com o resultado e com a liderança do ranking, Adriano de Souza elogiou Jordy pela vitória. "Fiz o meu melhor lá fora e agradeço ao crowd por ficar 100% torcendo por mim. Obrigado a Jordy. Ele me venceu na decisão do início ao fim. Estou muito feliz por estar aqui representando o Brasil. Jordy era o melhor lá fora hoje e parabéns a ele", declara Adriano.
Slater freguês O último dia do Billabong Rio Pro teve muitos momentos dramáticos no Postinho. Nas quartas-de-final, Adriano de Souza manteve a freguesia do 11 vezes campeão mundial Kelly Slater, que não o derrota desde o duelo que marcou a décima conquista do norte-americano, em 2010, em bateria válida pelas quartas-de-final em Middles, Porto Rico.
Mineirinho colocou pressão no outside e disparou na liderança com notas 8.50 e 6.83, deixando Slater bastante nervoso.
O norte-americano tentou reagir com um pequeno tubo para a esquerda e outro bem melhor para a direita, mas suas notas 4.80 e 7.50 não prejudicaram a soberania do brasileiro.
"Achei que havia muito mais ondas do que acabou tendo e não me adaptei durante a bateria. Adriano fez o certo e isso fez toda a diferença. Perder nas quartas não foi o pior resultado - é melhor do que fui no ano passado. Foi uma longa espera por essa janela e se eu tivesse esperado por todo o evento e perdesse ontem, teria ficado chateado. Levarei esse quinto e pensarei em Fiji".
Prioridade polêmica Em seguida, Gabriel Medina e o australiano Adrian Buchan protagonizaram um dos momentos mais polêmicos da competição.
Buchan estava bem na bateria, com 8.00 e 6.93 nas melhores ondas, mas Medina roubou a cena ao passar por dentro de um tubo e decolar muito alto de frontside, arrancando 10 dos juízes. O brasileiro tomou a liderança com uma direita atacada com batidas no crítico que renderam 6.43 pontos.
Uma esquerda apareceu no outside e Buchan remou com tudo em busca da virada. Medina também dropou, já que Buchan havia acabado de surfar outra onda e a prioridade parecia ser do brasileiro.
A placa de sinalização chegou a indicar a prioridade a favor do australiano, o que criou uma situação tensa. Apesar das reclamações, os juízes não aplicaram nenhuma interferência, deixando Buchan irritado.
Depois do confronto, o diretor de prova Luke Egan, o tour manager Renato Hickel, o head judge Richie Porta e os dois atletas fizeram uma reunião. Se Medina e Buchan entrassem em consenso de que a placa estava vermelha e houve erro da comissão técnica, a bateria seria reiniciada. Porém, o brasileiro alegou ter visto a placa amarela.
"O Ace disse que viu a placa vermelha e o Gabriel falou que estava amarela. O direito da prioridade era de Gabriel, conforme o próprio Ace falou. Houve uma confusão na hora de mudar a placa. Se o Gabriel tivesse surfado a onda sabendo que a prioridade era do Ace e admitisse isso, colocaríamos a bateria novamente a na água, mas não foi o que aconteceu", revela Renato Hickel.
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