sábado, 12 de novembro de 2011

FLORIANOPOLIS PRO

Florianópolis Pro Surfing
Ex-tops no compasso latino

Peterson Rosa avança ao segundo round em sua estreia no circuito latino-americano. Foto: Basílio Ruy.
Yuri Gonçalves descola maior nota do dia. Foto: Basílio Ruy.
Válido pela nona e penúltima etapa do Circuito Alas Tour, o Florianópolis Pro Surfing 2011 começou nesta sexta-feira na praia Mole, Florianópolis (SC).



Em nove anos, é a segunda vez que a competição latino-americana profissional desembarca no Brasil. A última etapa havia sido na Prainha, Rio de Janeiro (RJ), em 2007. O evento é de nível máximo 6 estrelas e distribui US$ 20 mil de premiação total.

Em ondas de meio metro e prejudicadas pelo forte vento Sul, todas as baterias da primeira fase foram realizadas e os maiores pontuadores foram o paulista Gustavo Araújo e o catarinense e Yuri Gonçalves.

Gustavo descolou o maior somatório (15.30) para avançar à segunda fase ao lado do cearense Antônio Eudes. Deram adeus à disputa Marlon Klein (3º) e Ariel Ferreira (4º).

Já Yuri Gonçalves, atleta de Garopaba (SC), decolou para cravar a maior nota do dia, 8.17. A bateria foi vencida pelo pernambucano Patrick Tamberg. Nesta disputa foram eliminados Alessandro Puga (3º) e Cristian Silva (4º).

"O mar está dificil, mas o vento Sul favoreceu para arriscar os aéreos. Agora é manter o ritmo. Vou entrar no segundo round focado", diz Yuri.

Ex-tops no ritmo O catarinense Marco Polo e os paranaenses Peterson Crisanto e Jihad Khodr, que já representaram o Brasil na elite mundial, participaram da abertura do Florianópolis Pro Surfing nesta sexta-feira e todos classificaram-se para a segunda fase.

Na décima bateria do dia, Peterson suou a lycra nas difíceis condições da Mole para avançar em segundo na disputa vencida pelo catarinense Ricardo Wendhausen. Jihad venceu a oitava bateria, que também classificou o catarinense Jeferson Duarte.

No último confronto do dia, Marco Polo mesclou bons ataques de frontside para somar 6.50 e 4.93 e garantir sua vaga em primeiro lugar. Cainã Barletta completou a dobradinha brasileira e o argentino Maxiliano Prenski acabou em último.

"É a primeira vez que eu participo deste circuito. O Alas é muito forte e reúne vários talentos da América do Sul e Central. Minha expectativa é grande, mesmo sem as condições ideais, é sempre um prazer competir aqui na Mole", destaca Marco Polo, que fez parte do World Tour na última temporada.

20º edição A etapa do Alas Tour também marca o vigésimo ano de realização do Florianópolis Pro Surfing, tradicional evento realizado na capital de Santa Catarina e organizado pelo empresário catarinense Bira Schauffert.

Durante os últimos 19 anos, o campeonato foi válido como etapa do antigo WQS de nível 6 estrelas. Tricampeão brasileiro, o paranaense Peterson Rosa esteve na primeira edição, em 1992, quando acabou em segundo lugar, atrás apenas do baiano Jojó de Olivença.

"É muito legal competir aqui novamente, vinte anos depois daquela final com o Jojó com altas ondas na Joaquina. Espero que o mar melhore aqui na Mole, hoje está difícil, com muito vento Sul. Mas a previsão é melhorar, quero sair daqui com um bom resultado", diz Peterson.

Figura conhecida do surf catarinense, Bira Schauffert explicou o motivo de o campeonato receber agora uma etapa do circuito latino-americano profissional. Segundo ele, a perda do principal patrocinador impossibilitou uma etapa da divisão de acesso para o World Tour neste ano.

"Este ano perdemos nosso principal patrocinador, então tivemos que buscar novos recursos. Surgiu a oportunidade de realizar uma etapa do circuito latino-americano e ela cobriu essa lacuna de um evento que já estava programado para acontecer", explica Bira.

"É a segunda vez que temos uma etapa do Alas Tour no Brasil, a primeira aconteceu em 2007 no Rio de Janeiro. A Alas (Associacião Latino-Americana de Surf) é uma entidade relativamente nova. Acho que a contribuição que podemos dar é muito grande, porque a evolução do surf na América Latina passa pelo Brasil. Esse intercâmbio com os atletas brasileiros é fundamental, já que hoje somos uma das três potências do surf mundial", continua Schauffert, que também é coordenador da equipe de resgate Salva Surf.

O empresário revela ainda que há algumas etapas do Alas Tour com restrição ao número de atletas brasileiros que podem se inscrever. Esse ano o campeonato já passou por países como Argentina, Peru, Equador, Chile, Guatemala e o melhor brasileiro no ranking é o catarinense Cauê Wood, sexto colocado.

"Se você olhar o ranking e não ver a presença dos brasileiros imagina que é porque eles não querem participar. Mas não é bem assim. Alguns atletas já disseram que havia uma regulamento interno que restringia o número máximo de brasileiros em uma etapa. É isso uma das principais coisas que queremos mostrar para o staff da Alas. Que a evolução do surf na América só vai ser efetiva quando esse intercâmbio com surfistas brasileiros acontecer", destaca Bira.

O forte vento Sul apertou no início da tarde e a direção de prova optou por interromper a competição depois do término do primeiro round. Ainda faltam estrear 16 cabeças-de-chave, oito na terceira e mais oito na quarta fase.

Entre eles estão Cauê Wood e Ernesto Nunes, brasileiro campeão do Alas Tour em 2007 e que mora no Peru. O argentino Leandro Usuna, líder do ranking, estreia a partir da quarta fase, marcada para este sábado na capital catarinense.

Uma nova chamada acontece neste sábado às 7:30 horas (horário de Brasília).

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